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Revisão sistemática demonstrou que exercício melhora a função física em indivíduos com comprometimento cognitivo ou demência

Nesta revisão sistemática recente, os autores incluíram 43 ensaios clínicos randomizados (n = 3988) que avaliaram os efeitos do exercício na função física e qualidade de vida em pessoas com comprometimento cognitivo ou demência. Os desfechos avaliados incluíram força, flexibilidade, marcha, equilíbrio, mobilidade, resistência durante a marcha, habilidade para execução de dupla tarefa, qualidade de vida e quedas. A qualidade metodológica dos ensaios clínicas foi avaliada utilizando a escala PEDro, e 70% dos estudos incluídos pontuaram 6 ou mais pontos em uma escala de 0/10. O exercício multimodal (45% dos estudos) foi o tipo de exercício mais frequentemente avaliado, seguido por exercícios aeróbicos ou caminhada (29%). Com base nos resultados, há evidência forte de que exercício melhora a função física comparado à intervenções controle, com uma diferença média entre os grupos de 2,1 repetições (IC 95% 0,3 a 3,9) no teste de sentar e levantar em 30 segundos, 5cm (IC 95% 2 a 8) no step test, 3,6 pontos (IC 95% 0,3 a 7,0) na Escala de Equilíbrio de Berg, 3,9cm (IC 95% 2,2 a 5,5) na escala de alcance funcional, -1s (IC 95% -2 a 0) no teste Timed Up and Go, 0,13m/s (IC 95% 0,03 a 0,24) na velocidade da marcha e 50m (IC 95% 18 a 81) no teste de caminhada de 6 minutos. Há evidência forte de que exercício não melhora a qualidade de vida. O efeito da intervenção em quedas é ainda inconclusivo.

Lam FMH, et al. Physical exercise improves strength, balance, mobility, and endurance in people with cognitive impairment and dementia: a systematic review. J Physiother 2018;64(1):4-15

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