Dois artigos recentes avaliaram as propriedades de medida da escala PEDro. O segundo artigo resumiu as propriedades de medida da escala PEDro, e está resumido neste post.
A escala PEDro demonstrou confiabilidade intra e inter-examinador de “aceitável” a “excelente” (índice de correlação intraclasse 0,53-0,91) para ensaios clínicos randomizados de intervenções de fisioterapia, e “excelente” confiabilidade inter-examinador (ICC 0,80-0,89) para ensaios clínicos randomizados de intervenções farmacológicas. A confiabilidade intra e inter examinador dos items individuais da escala PEDro varia de “aceitável” a “quase perfeito” (Kappa 0,36-1,00) para ensaios clínicos de fisioterapia, e de “moderado” a “quase perfeito” (Kappa ajustado 0,51-1,00) em ensaios clínicos de intervenções farmacológicas. A confiabilidade intra e inter examinador para o escore PEDro total e items individuais da escala aumenta quando há consenso entre dois ou três avaliadores. Há evidência que suporte a validade de constructo da escala tanto dos items individuais quanto to escore total. A escala PEDro é capaz de discriminar ensaios clínicos de alta e baixa qualidade. Há evidência de validade convergente, demonstrada por meio de correlações com outras ferramentas de avaliação de qualidade: a escala de Jadad (r = 0,35) e van Tulder 2003 (0,71) para ensaios clínicos de intervenções de fisioterapia; a ferramenta de risco de viés do Cochrane Back and Neck Group (0,51) para ensaios clínicos de intervenções farmacológicas.
Apesar de os autores destacarem que estudos com escores entre 0-4 são considerados de baixa qualidade; 4-5 são considerados de aceitável qualidade; 6-8 são considerados de boa qualidade; e 9-10 são considerados de excelente qualidade metodológica, é importante ressaltar que estas classificações ainda não foram validadas. Para ensaios clínicos randomizados avaliando intervenções complexas (por exemplo, exercício), um escore 8/10 na escala PEDro é excelente.
