Nesta revisão, os autores incluíram 16 ensaios clínicos randomizados que examinaram os efeitos do exercício durante ou após quimioterapia e radioterapia ou depois da cirurgia em comparação com o placebo, outros tratamentos ou terapia convencional. Somente estudos que utilizaram exercícios para melhorar ou manter a aptidão física e mediram qualidade de vida foram incluídos. A revisão incluiu pacientes com câncer de mama, colorretal, próstata, linfoma e câncer de pulmão. Os tamanhos das amostras dos estudos variou entre 21 e 269 pacientes. Exercício foi significativamente eficaz para melhorar a qualidade de vida de pacientes com câncer, quando comparado com placebo, outros tratamentos ou terapia convencional (diferença média padronizada 5,6; IC 95%: 3,2 a 7,9; 1.735 pacientes; 16 estudos). Os benefícios do exercício também foram evidentes para desfechos secundários (consumo máximo de oxigênio, auto-estima, função física, fadiga, tempo de permanência no hospital, número de consultas médicas e função social). Nenhum dos estudos incluídos reportaram efeitos adversos. Não há uma dosagem ideal de exercícios para pacientes com câncer, no entanto exercitar-se mais frequentemente e em treinos mais curtos foram associados com melhores resultados nos estudos incluídos. São necessários mais estudos com seguimentos de longo prazo para investigar os efeitos do exercício sobre a recorrência do câncer e as taxas de sobrevivência. Terapia por exercício físico deve ser recomendado durante o tratamento do câncer.
Gerritsen JKW, Vincent AJPE. Exercise improves quality of life in patients with cancer: a systematic review and meta-analysis of randomised controlled trials. Br J Sports Med 2016;50:796-803.
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