Em 2019 o time do PEDro lançou uma nova base de dados chamada DiTA (Diagnostic Test Accuracy; dita.org.au). DiTA é baseada na interface do PEDro e consiste em uma base de dados que contém estudos e revisões de estudos de acurácia diagnóstica de testes utilizados por fisioterapeutas. A intenção é que fisioterapeutas e outros profissionais utilizem a melhor evidência na sua prática clínica.
Um estudo recente fornece uma descrição de como a DiTA foi construída e describe o número de estudo e seu escopo. Análises de sensibilidade foram conduzidas para identificar estudos e revisões que avaliaram a acurácia diagnóstica de testes comumente utilizdos por fisioterapeutas. As bases de dados Medline, Embase, CINAHL e a Cochrane Database of Systematic Reviews foram buscadas desde o seu início, e pesquisas mensais são realizadas para atualizar a DiTA. Para ser inluído, um estudo precisa (a) investigar uma patologia em pacientes para os quais fisioterapeutas podem avaliar na prática clínica, (b) investigar um teste diagnóstico que fisioterapeutas utilizam em sua prática clínica, (c) investigar a concordância de um teste com o seu padrão-ouro, e (d) ser publicado como artigo completo. Revisões precisam (a) conter a descrição das estratégias de busca nos métodos, (b) incluir ao menos um estudo ou revisão que satisfaz os critérios de inclusão de estudos individuais da DiTA, e (c) ser publicado como artigo completo. Dois pesquisadores determinaram a eligibilidade dos estudos, e quaisquer discordâncias foram resolvidas por discussão ou arbitradas por um terceiro revisor. Detalhes bibliográficos (autores, ano, nome do períodico, data de publicação, volume, número, paginas e resumo) são adicionados à DiTA. Termos adicionais são aplicadas para cada artigo para definir a área de prática (subdisciplina), parte do corpo, patologia, teste (nome e tipo), e teste de referência utilizado como padrão-ouro (nome e tipo).
Até o dia 1 de Fevereiro de 2020, a DiTA incluiu 1419 artigos. As subdisciplinas mais comuns foram ‘musculoesquelética’ (74%), e ‘cardio-torácica’ (17%). As patologias mais estudadas são patologias articulares (33%) e do sistema nervoso (12%). As partes do corpo mais estudadas são ‘perna e joelho’ (60%). A maioria dos estudos investigaram testes do tipo exame físico (60%), e menos estudos investigaram testes do tipo questionários (30%), e ‘tecnologias de saúde’ (25%). Os testes de referência mais comumente reportados foram ‘tecnologias de saúde’ (63%), ‘exame físico’ (20%) e ‘cirurgia’ (16%).
Há um crescimento rápido na literatura sobre testes diagnósticos que são relevantes para a prática clínica do fisioterapeuta. Ao passo que o aumento do volume dos estudos vem sendo substancial, ainda não é claro a qualidade desta evidência. Acreditamos que disponibilizar uma plataforma em que estes estudos podem ser facilmente encontrados será benéfico para fisioterapeutas acessarem informações mais rapidamente e de forma mais eficiente.