France Mourey é professora na Université de Bourgogne, França, e tem expertise na área de reabilitação geriátrica, com ênfase na avaliação do equilíbrio e marcha, fragilidade e treinamento da função motora em pacientes com Alzheimer. Ela coordena uma linha de pesquisa financiado pela Agence Nationale de la Recherche (a agência de fomento para a ciência mais importante da França) chamada “aprendizado motor implícito na doença de Alzheimer.” Ela visa a desenvolver soluções baseadas em realidade virtual para pacientes com Alzheimer. France é também vice-coordenadora do Espace de Reflexion Éthique Bourgogne – Franche – Comté e coordena o grupo de geriatria da Sociedade Francesa de Fisioterapia.
France escolheu este artigo que avalia se exercícios incorporados à rotina diária de idosos pode reduzir o risco de quedas e melhorar a função desta população. Ela diz: “Enquanto programas de exercício estruturados sem relação direta com atividades de vida diária podem ser bastante efetivos em indivíduos jovens, a integração dos exercícios na rotina diária pode ser uma melhor alternativa para idosos. Essa abordagem leva em consideração a importância da especiidade do treinamento.”
Essa revisão sistemática identificou seis ensaios clínicos randomizados comparando exercícios estruturados, exercícios integrados às atividades de vida diária, tratamento convencional ou nenhum tratamento em indivíduos com idade superior a 60 anos. Os ensaios clínicos randomizados foram conduzidos na comunidade com história prévia de quedas, em pacients recebendo tratamento a domicílio e idosos institucionalizados. Não foi possível realizar metanálise devido à diversidade dos estudos. Os resultados dos ensaios clínicos sugerem que integrar exercícios às atividades de vida diária em idosos é viavel e pode contribuir para aumentar a adesão ao programa, bem como melhorar alguns desfechos.
France diz: “incorporar exercícios às atividades de vida diária pode ser uma alternativa útil para idosos se exercitarem mais. Por exemplo, incorporar exercícios para tornozelo às atividades de vida diária pode contribuir para manter a flexibilidade, equilíbrio e mobilidade. Essa revisão pode ser utilizada para informar futuros ensaios clínicos randomizados.”