Melissa Locke é Fisioterapeuta Especialista em Pediatria pelo Australian College of Physiotherapists. Ela é a diretora e co-proprietária da Movement Solutions Physiotherapy, serviço de fisioterapia com 4 sedes localizados no sudeste do estado de Queensland e que oferece atendimento fisioterapêutico a crianças, adolescentes e adultos jovens. Melissa também faz parte do corpo diretor do Australian Physiotherapy Council.
Melissa está inscrita no “Evidência no seu email” do PEDro na área de pediatria, pois facilita o acesso a pesquisas de qualidade em sua área de atuação e interesse. Recentemente, dois artigos lhe chamaram a atenção.
Intervenções visando à melhora dos níveis de atividade física realizadas em parques são benéficas para melhora global da saúde populacional e representam um modelo alternativo de tratamento para pessoas com incapacidade. Esta revisão identificou evidência preliminar de baixa qualidade demonstrando que intervenções realizadas em parques visando à melhora da atividade física melhoram medidas objetivas e subjetivas de saúde e bem-estar em crianças, adolescentes e idosos incapacitados. Pessoas com incapacidades parecem apresentar os mesmos benefícios biopsicossociais com este modelo de intervenção que a população em geral. Melissa diz: “Passei a realizar intervenções de atividade física em parques com alguns dos meus clientes por se tratar de uma ótima maneira de atingir os objetivos terapêuticos propostos usando atividades comuns no dia-a-dia e em ambientes da vida real.”
A hipermobilidade articular sintomática é uma condição relativamente comum na infância. Este ensaio clínico randomizado é um dos primeiros a avaliar os efeitos de um programa de intervenção multidisciplinar utilizando métodos rigorosos. O estudo concluiu que o programa multidisciplinar proposto não gerou benefícios adicionais ao tratamento convencional. Melissa diz: “Vejo muitas crianças e jovens com hipermobilidade articular sintomática na minha prática, e acredito que um modelo de tratamento que poderia ser testado envolve o fisioterapeuta atuando no aspecto educacional do paciente (possivelmente utilizando aplicativos ou vídeos), do que provendo tratamentos mais intensivos.”