Esta revisão sistemática avaliou os efeitos de exercícios realizados na posição sentada nos níveis de participação e atividade em idosos com condições crônicas de saúde. A revisão incluiu ensaios clínicos randomizados que avaliaram a realização de vários tipos exercícios na posição sentada (força, flexibilidade, amplitude de movimento e equilíbrio) em idosos comparados a outros tipos de exercícios ou tratamento convencional. A qualidade metodológica foi avaliada com a escala PEDro, e a qualidade da evidência para desfecho foi avaliado utilizando a ferramenta GRADE. Quatorze ensaios clínicos randomizados (n = 921 participantes) foram incluídos. Todos os desfechos considerados pela classificação internacional de funcionalidade (CIF) foram incluídos na revisão. A amostra foi composta predominantemente por mulheres. A maioria dos estudos (n = 9) foi considerada de alta qualidade metodológica. A maioria dos estudos (n = 10) foram conduzidos em residenciais geriátricos. A intervenção mais comum foi composta de exercícios de força progressivos e comparada a tratamento convencional ou atividades sociais. A duração da intervenção variou entre seis semanas a sete meses, sendo que na maioria dos estudos as intervenções duraram cerca de 12 semanas. Metanálise de quatro estudos (n = 141) revelou evidência de baixa qualidade de que exercícios realizados na posição sentada apresentaram um grande tamanho de efeito em favor da melhora cognitiva quando comparados a tratamento convencional ou atividades sociais (diferença entre as médias padronizada 1,20 IC 95% 0,25 a 2,16). Metanálise de três estudos (n = 158 participantes) revelou evidência de moderada qualidade que exercícios realizados na posição sentada comparados a atividades sociais não apresentou nenhum efeito no equilíbrio (diferença entre as médias padronizada 0,13 IC 95% -0,19 a 0,44). Metanálise de três estudo (n = 45) revelou evidência de baixa qualidade que exercícios realizados na posição sentada não apresentaram benefícios no teste funcional Timed Up and Go quando comparado a atividades sociais (diferença entre as médias padronizada 0,28 IC 95% -1,08 a 1,63). Em idosos com condições crônicas de saúde, exercícios realizados na posição sentada melhorou função cognitiva comparado a tratamento convencional, mas não foi melhorou equilíbrio e função.
Sexton BP, et al. To sit or not to sit? A systematic review and meta-analysis of seated exercise for older adults. Australas J Ageing 2019;38(1):15-27