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#PEDroCombatendoBarreiras (#PEDroTacklesBarriers) para fisioterapia baseada em evidência: histórias de sucesso. Parte 1 – perspectiva clínica individual

A campanha #PEDroCombatendoBarreiras (#PEDroTacklesBarriers) para fisioterapia baseada em evidência compartilhou algumas dicas sobre como enfrentar as quatro maiores barreiras para a fisioterapia baseada em evidências – falta de tempo, idioma, falta de acesso e falta de habilidades estatísticas. Os últimos dois meses da campanha mostrarão histórias de sucesso de como os fisioterapeutas superaram diferentes barreiras para garantir que os pacientes recebam cuidados baseados em evidências.

Este mês cobrimos histórias de sucesso de uma perspectiva clínica individual nas áreas de reabilitação de acidente vascular encefálico (AVE) e oncologia.

Kate Scrivener (fisioterapeuta consultora em Sydney, Austrália) apresenta como a implementação de diretrizes de práticas clínicas para a reabilitação de AVE ajudou sua paciente (Sharon) a obter uma função significativa após um AVE.

O contexto: Sharon foi uma sobrevivente de AVE por volta dos seus 40 anos, que inicialmente ficou muito incapacitada e teve alta para um asilo de idosos. Felizmente, a instalação tinha um centro de reabilitação no local.

A evidência: Diretrizes de práticas clínicas baseadas em evidências sobre reabilitação de AVE recomendam prática de alta intensidade, intensiva e específica para tarefas.

As barreiras: Sharon tinha várias deficiências, incluindo problemas de planejamento motor e espasticidade grave, o que tornava a implementação das recomendações das diretrizes muito desafiadoras. Como resultado, ela inicialmente precisou de duas pessoas para ficar de pé e não conseguia andar.

A solução: com muita resolução de problemas e tentativa e erro, Kate e sua equipe encontraram uma maneira de garantir que Sharon realizasse uma prática intensiva e específica de tarefas. As principais estratégias incluíram o uso da prática de tarefas completas (versus uma parte da tarefa) vinculadas a atividades diárias significativas para superar o problema de planejamento motor e o uso de uma tala para garantir que o joelho permanecesse estendido durante a prática de pé e caminhada.

Os resultados: Entre 6 e 12 meses após o AVE, Sharon passou de andar com auxílio para sem auxílio, e depois para andar fora da instalação. Ela finalmente deixou a casa de repouso e agora mora sozinha em uma casa de apoio.

Rohit Raykar (primeiro ano de formado em fisioterapia, Sydney, Austrália) apresenta como as evidências aumentaram a motivação de um sobrevivente de câncer para se exercitar.

O contexto: Rohit era um estudante em estágio e estava tratando de uma mulher de 60 anos com câncer de ovário. Devido à quimioterapia, ela sofria de fadiga severa.

As barreiras: a paciente fez uma histerectomia para remover os ovários afetados pelo câncer e Rohit a estava visitando para incentivá-la a se exercitar no pós-operatório. A paciente estava muito relutante em se envolver em um programa de exercícios devido à fadiga e experiências anteriores negativas de exercícios quando estava fatigada.

A evidência: Rohit foi informado de que o exercício era benéfico para pessoas com câncer, mas queria ver a evidência por si mesmo. Usando suas habilidades de pesquisa e avaliação, ele encontrou uma revisão sistemática de alta qualidade sobre os efeitos do exercício para pessoas com câncer. A revisão mostrou que o exercício tem inúmeros benefícios, incluindo a redução do ganho de peso, disfunção cognitiva, linfedema e o risco de recidiva do câncer e cânceres secundários, apenas para citar alguns.

A solução: Rohit comunicou essa evidência à paciente na sessão seguinte e ela ficou impressionada com os benefícios. Rohit garantiu a ela que qualquer quantidade de exercício era um bom ponto de partida e que ela poderia aumentar gradualmente com o tempo.

Os resultados: Rohit encaminhou a paciente a um fisiologista de exercícios ambulatorial, onde ela conseguiu aumentar gradualmente seus níveis de atividade ao longo do tempo.

Ashleigh (fisioterapeuta particular em Toowoomba, Austrália) apresenta como o uso de recomendações de diretrizes de práticas clínicas sobre reabilitação de AVE para modificar seu programa de exercícios ajudou sua paciente (Wendy) a melhorar sua caminhada após um AVE. Wendy também compartilhou sua perspectiva sobre as mudanças no programa de exercícios e sua melhora.

O contexto: Wendy está na casa dos 60 anos e teve um AVE há 5 anos. Ela caminhava 1 km por dia após alguns anos de reabilitação, mas queria voltar aos 5 km como antes do AVE.

O problema: Ashleigh notou que Wendy havia se estabilizado em suas melhoras após alguns anos de reabilitação. Wendy estava fazendo principalmente hidroterapia e fazendo apenas 1-3 séries de exercícios que não eram específicos da tarefa (por exemplo, extensões de perna, sentar e levantar). Ashleigh decidiu procurar evidências para ver se havia algo que ela pudesse fazer diferente.

A evidência: A mais recente diretriz de prática clínica baseada em evidências sobre reabilitação de AVE recomenda alta intensidade, prática intensiva e de tarefas específicas. Ashleigh achou a diretriz fácil de usar para ajudar a adaptar o programa de Wendy para ter mais exercícios específicos de tarefas relevantes para seus objetivos.

As barreiras: Ashleigh sugeriu que Wendy precisava fazer mais treinamento em terra em vez de hidroterapia. No entanto, Wendy gostava de hidroterapia e fez muitos amigos por lá. Havia a necessidade de encontrar um equilíbrio entre o que Wendy queria fazer e o que ela precisava fazer para atingir seus objetivos.

A solução: Wendy foi autorizada a continuar a hidroterapia, mas também teve que realizar a prática de alta repetição de exercícios terrestres que eram mais específicos para seus objetivos de andar mais (por exemplo, 400-600 repetições de mover a perna mais rápido durante a fase de balanço da marcha).

Os resultados: a velocidade de caminhada melhorou de 0,8 m/s para 1,3 m/s ao longo de alguns meses e a distância de caminhada melhorou de 1 km para 2 km por dia.

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